segunda-feira, 23 de maio de 2016

FIERGS CONSIDERA ZEE UMA FERRAMENTA ÚTIL E OPORTUNA, QUE EXIGE ATENÇÃO E PLANEJAMENTO

O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) é visto pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) como uma ferramenta útil e que vem em um momento extremamente oportuno. No entanto, a preocupação do coordenador do Conselho de Meio Ambiente (Codema) da entidade, Walter Fichtner, é evitar que o instrumento sirva para o engessamento do Estado. O dirigente defende que os setores industrial e comercial precisam ficar atentos quanto à formulação do documento e frisa que a Fiergs é uma das representatividades que participam da elaboração do zoneamento. Fichtner aposta que a iniciativa, se bem-aproveitada, beneficiará o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. “Saberemos melhor onde se deve investir e o que é mais apropriado.” O integrante do Codema alerta que hoje os dados sobre a situação ambiental estão dispersos, dificultando a busca de informações por parte do empreendedor. 


O zoneamento, por exemplo, poderá simplificar as ações de fabricantes de cerveja, que precisam saber onde há disponibilidade de captação de água. O coordenador do Codema acrescenta que o Rio Grande do Sul apresenta lugares degradados, de forma desordenada, e outros que precisam de muita atenção quanto à preservação ambiental. Por outro lado, há também excessos de zelos que coibiram o desenvolvimento de certas localidades, com a limitação do licenciamento ambiental. Fichtner cita como exagero desmatamentos ocorridos na região da Serra e, na contramão, ele acredita que houve muita restrição ao desenvolvimento da silvicultura. “Aí que eu vejo a importância do zoneamento, porque não dá para pesar só o ecológico ou o econômico”, salienta. Conforme o dirigente, o documento deve orientar, e não coibir prontamente. Ou seja, não é apenas por que uma área é propícia para a plantação de bananas, por exemplo, que será proibida a produção de abacaxis. “A coleta bastante ampla de dados, evidentemente, implicará pontos de vista conflitantes, que terão que ser colocados em uma balança para que haja o equilíbrio.” O coordenador do Codema tem certeza de que haverá polêmica quanto ao ZEE. 
Fonte; Jornal do Comércio Empresas & Negócios | Pág. 6 Clipado em 23/05/2016 

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